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O preço da mentira

Imagem: Public Domain Pictures

Como muitos consideram 1º de abril o Dia da Mentira, aproveito para partilhar com você, caro internauta, uma ilustração reflexiva sobre o hábito de mentir. (Desconheço o autor da história.)

Joãozinho sentou-se ao lado de seu avô, na poltrona da sala de casa, para ouvir histórias. Como toda criança, ele queria divertir-se, escutando histórias engraçadas, contadas por seu avô. Este olha para o neto e narra um caso:

"Numa pequena cidade, havia um menino muito traquino. Era desobediente e gostava de mentir. Tanto é verdade que sempre ligava para o 190 da Polícia Militar e dizia estar ocorrendo um roubo, um assalto ou coisa parecida, e, quando chegava a viatura, nada do que ele dissera estava acontecendo. 

"Uma vez ele ligou para o serviço de emergência do hospital e disse que seu pai estava muito doente e passando mal. Quando chegaram os médicos, constataram que era mentira. Outra vez ele foi até a quitanda e comprou algo, em nome de seu pai, sem que este o soubesse. Enfim, ninguém naquela cidade acreditava mais naquela criança que tinha por mau hábito mentir.

"Certo dia, aquele menino entrou numa mata para brincar com os coleguinhas. E, naquela brincadeira, ele se perdeu dos companheiros. Foi quando uma onça apareceu diante dele, que começou gritar aos berros: 'Uma onça vai me pegar!'. Repetiu várias vezes a mesma coisa. Mas ninguém o foi socorrer, acreditando que fosse mentira. Até que um caçador que andava por ali, o viu nas garras da onça, pegou a espingarda que trazia e matou a tiros aquele felídeo, salvando o garoto que, tão logo,  foi levado ao hospital da cidade, onde o atenderam com urgência. Mas, devido a gravidade do acidente, aquele menino teve seu braço direito amputado..."

Joãozinho, em sua simplicidade, olhando para o avô, que tinha exatamente o braço direito amputado, o interrompe e pergunta:

— Vovô, o braço daquele menino ficou igual o do senhor?

Com um sorriso, o avô responde:

— O menino dessa história sou eu.

E conclui:

— Jamais minta... nem por brincadeira. O preço da mentira é muito doloroso. Eu sou prova disso!

A Bíblia concorda: "Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo" (Ef 4.25). A mentira gera consequências e danos irreversíveis. Também é verdade que, como ouvi de alguém certa feita, "a mentira não aumenta o nariz, mas diminui a confiança". Vi outra frase na internet, assim: "Basta uma mentira, para colocar em dúvida todas as suas verdades". Concordo plenamente com os dois pensamentos.

Que venhamos a falar a verdade sempre — em todas as circunstâncias.

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