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Joãozinho, um menino de oito anos, todos os dias, às seis da manhã, era despertado por seu pai.
— Acorda, Joãozinho, e vá comprar dez pães, para tomarmos café! — dizia o pai de Joãozinho, sempre que saía para o trabalho.
— Ah, pai! Logo agora!? — reclamava Joãozinho.
— Deus ajuda quem cedo madruga... Levanta logo! — incentivava o pai.
Com os olhos apertados de sono, e sem disposição, Joãozinho se levantava, escovava os dentes, lavava o rosto e atendia o pedido do pai: ir à venda comprar os pães. Rotina de todas as manhãs.
Certo dia, ao repetir a cena, Joãozinho vai comprar pães, ainda de manhãzinha, quando, ao voltar da mercearia, vê, próximo à guia da calçada, uma nota de cinquenta reais. Alegre da vida, pega o dinheiro e segue o caminho para casa.
Ao ver o entusiasmo do filho que acabava de chegar, coisa que nunca tinha acontecido, o pai pergunta:
— Que felicidade é essa, filho?
Mostrando a cédula na mão, ele diz:
— Hoje eu achei cinquenta reais, quando voltava para casa.
— Viu só? Deus ajuda quem levanta cedo — disse o pai.
O filho mostra ter um bom coração:
— É, papai... Mais cedo levantou quem perdeu os cinquenta reais.
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