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Pensando sobre uma frase que vi na internet

Imagem: Pixabay.

Tempos atrás, vi, na internet, em uma rede social, uma frase assim: "Entre o errado e o certo, escolhe o que te faz feliz". Se o certo me faz feliz, óquei. Opto por ele. Mas se o errado me torna feliz, escolho então o errado. Em outras palavras, desde que eu viva feliz, pouco importa se eu esteja fazendo a coisa certa ou errada. Entretanto adianto-lhe que nem sempre o caminho para a felicidade é o mais fácil, apesar de, sempre, ser o melhor e o único certo. Pelo caminho errado, nunca se chegará à felicidade. Aliás, o terceiro rei de Israel, Salomão, já alertava, há milhares de anos: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte" (Pv 14.12; 16.25).

É mais ou menos assim a ideia que a mensagem quer transmitir: se eu me sinto feliz com a prática do roubo, escolho roubar; se eu me sinto feliz em matar pessoas, devo optar por ser assassino; se eu me sinto feliz em trair minha esposa com outra mulher, escolho então a outra (amante); se eu me sinto feliz em maltratar animais, por que não maltratá-los? etc. As coisas erradas, em algum momento, podem até proporcionar uma ilusória felicidade ao ser humano, mas, embora vivamos em tempos onde quase tudo é relativizado, somente as coisas certas podem gerar no coração do homem a felicidade. (Os termos certo e errado são usados, nesse texto, no sentido moral, mesmo sentido da frase questionada.)

Não pense que tudo que provém do coração é bom (certo) e agradável. Ouvir a voz do coração pode ser perigoso. A Palavra de Deus afirma que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jr 17.9). Jesus ratificou: "Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mt 15.9). Profetas que só falam coisas do próprio coração enganam a si mesmos e a outrem (Jr 23.16). Devemos encher os nossos corações de coisas boas, enquanto os esvaziamos das coisas más, fazendo jus a mais um ensinamento áureo do Mestre: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca" (Lc 6.45). Se plantarmos amor em nossos corações, colheremos alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22), até porque só colhemos o que plantamos (Gl 6.6). Deus dotou o ser humano de livre-arbítrio, e cada um é responsável pelas escolhas que fizer, sejam elas boas ou más, certas ou erradas.

A fim de você purificar diariamente o coração de toda sorte de impurezas e males, não esqueça, nunca, de orar, com fé e sinceridade, como Davi: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto" (Sl 51.10), pois "o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5).

Se há boas coisas plantadas em seu coração, tudo o que você fizer o(a) levará à felicidade. Caso contrário, seu destino será a infelicidade. Querer buscar a felicidade por meios ilícitos, ilegais, imorais e errôneos o(a) levará à destruição, cedo ou mais tarde. Pois o mal, embora venha, a princípio, com cara de bem, lá na frente ele se revelará. Outrossim, ninguém pode ser feliz com a infelicidade do outro. Logo, entre o certo e o errado, somente escolhendo o certo é que você será feliz e fará outros felizes também.

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